O silêncio amedronta muita gente.
Mas é no silêncio que podemos ouvir o essencial da vida.
Quem quiser crescer, se abrir, toda pessoa que quiser acolher o outro, deve criar ao redor de si regiões de silêncio...
É no silêncio que percebemos o que há dentro de nós.
O barulho e a confusão não levam a nada.
É no silêncio que Deus fala.
Foi no silêncio da noite que Cristo nasceu em Belém, deu novo sentido à corrida da história humana.
Toda a vez que Cristo desejava dialogar com o Pai, retirava-se no silêncio da montanha.
Foi no silêncio da oração que Ele escolheu os 12 apóstolos (Mc 3, 13s)
É no silêncio que Deus passa, bate à porta, entra nos corações que se abrem.
Deus gosta de falar muito baixo. É o jeito de Ele se fazer amar.
Assim foi com Abraão, o caminhante. Com Moisés, o intercessor do povo. Com o profeta Elias na montanha. Com Davi, o rei penitente.
Com Cristo.o orante do Pai. Com Maria, a escrava do Senhor. Com Paulo, o atleta de Cristo.
Com o místico João da Cruz. Com a ardente Teresa de Ávila,
Com a forte Teresinha de Jesus
Os momentos decisivos de nossa vida não são as horas em que falamos ou em que estamos agindo com outros.
As horas mais importantes para nós são as mais silenciosas. É no silêncio de nosso espírito que resolvemos problemas ou eles começam.
O antigo gesto de mãos postas, olhos fechados, tem sentido que os distraídos desconhecem.
Olhos fechados. Para orar, não precisa mais nada.
Olhos fechados quando sentimos que Deus está bem perto, dentro de nós na alegria e simplicidade de sua bondade misericordiosa.
Recolher-me de olhos fechados irá ensinar-me a estimar a fé e curar-me da pressa exagerada
Fecharia os olhos como quem se entrega, deixa de recear, consente em deixar-se conduzir com confiança.
Vale a pena experimentar momentos em que sozinhos, sem nenhum barulho ou preocupação, nos recolhemos para pensar um pouco. Afastando qualquer pensamento que nos possa distrair.
Nós nos sentimos tão bem em lugares ermos e aprazíveis, a sós com a natureza, sentindo tão real o palpitar da vida .
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